Uma pesquisa liderada por médicos e agrônomos japoneses, apontou que o
consumo de morangos pode auxiliar na prevenção de infartos. A pesquisa mostrou
que os atributos na composição da fruta ajudam a diminuir o acúmulo de gordura
nas artérias que é responsável pela maioria dos ataques cardíacos.
O levantamento foi realizado com um grupo de 23 mulheres de
aproximadamente 25 anos. Elas ingeriram 500 gramas de um purê concentrado de
morango. Após o consumo, elas foram comparadas com outro grupo de igual tamanho
que ingeriu uma pasta sem a fruta, apenas com um aromatizante.
A escolha de apenas pessoas do sexo feminino como voluntárias se deu por
conta do desejo de pesquisadores, estudarem como os morangos atuam no organismo
de mulheres no auge de sua idade reprodutiva.
Os cientistas da Universidade de Setsunan e Instituto Nacional de
Ciências da Saúde do Japão indicaram que essa população já tem baixo risco de
problemas cardíacos e, por isso, os resultados não podem ser ampliados para
outros grupos.
Segundo o Metrópoles, os resultados da pesquisa foram publicados na
revista científica Journal of Nutritional Science, em março de 2023.
O sangue das voluntárias foi coletado em quatro momentos. 30 minutos
após comer, 1h, 2h e 4h depois da ingestão da pasta com ou sem a fruta. Os
cientistas observaram que os níveis de vitamina C e de ácido fólico circulando
no sangue aumentaram bastante depois do consumo dos morangos.
As duas substâncias fizeram contato com o LDL, o colesterol ruim, e
impedem sua oxidação. Quando o LDL oxida, ele começa a se acumular nas paredes
das artérias e veias, causando entupimentos no sistema circulatório.
De acordo com os estudiosos, a fruta faria uma espécie de limpeza do
organismo que levaria a menos entupimentos e, consequentemente, menos ataques
cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC), por exemplo.
“Essa análise confirma estudos que mostraram como uma suplementação de
um mês de morangos na dieta é capaz de reduzir o dano provocado pela oxidação
do LDL. Porém, conseguimos demonstrar que em só um dia já se observam efeitos
positivos à saúde”, pontuaram os pesquisadores.