O governo da Bahia publicou decreto de estado de emergência
zoossanitária para influenza aviária H5N1 na edição do Diário Oficial (DOE)
deste sábado (22). O anúncio foi resultado de um acordo nacional entre o
Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa) e os 27 governadores de Estado,
com o intuito de controlar a transmissão sanitária que ocorre no país.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) explicou que o decreto é um pacto
coletivo que visa ações preventivas para o controle da doença, minimizando seus
efeitos na economia regional e nas relações com o comércio internacional.
“Essa ação articulada entre os Estados e o Governo Federal é um jeito de
mostrar nossa responsabilidade com a produção de aves e respeito aos grandes
produtores. Mas, também, à produção em pequena escala, que vai desde o produtor
de quintal a uma granja de menor porte. Ou seja, ao sistema da produção de
alimentos e à economia nacional”, reforçou.
A Bahia também faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves
silvestres que atravessam o continente. A Rota Nordeste Atlântica tem Mangue
Seco, Baía de Todos-os-Santos, Cacha-Prego, Baía de Camamu, Barra Velha, Ilha
da Coroa Vermelha, Corumbau e Ponta do Curral como lugares de agregação de
aves. O primeiro caso registrado, no entanto, foi no Espírito Santo, em maio.
Na Bahia, a primeira contaminação foi notificada no dia 17 de junho e, até o
momento, mais três casos foram registrados. Todos em aves silvestres nas
cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1).
De acordo com informações do Centro de Informações Estratégicas em
Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o
primeiro caso no país, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o
MAPA intensificaram a vigilância e o monitoramento das aves no estado. A Sesab,
através da Vigilância Sanitária e da CIEVS, também tem acompanhado as pessoas
expostas às aves, fazendo testagem.
Segundo análises divulgadas pelo Ministério da Saúde, o vírus não
infecta humanos com facilidade e, em ocorrências registradas em outros países,
a transmissão de pessoa para pessoa não foi sustentada. Para haver contaminação
é necessário um contato muito próximo entre o animal e o ser humano. Por isso,
as autoridades alertam que a população não deve manipular aves encontradas
mortas ou debilitadas.