O Ministério da Defesa decidiu não assinar o
decreto que o governo Lula prepara para encerrar o Programa Nacional das
Escolas Cívico-Militares (Pecim).
Segundo integrantes da pasta, a decisão de
acabar com o programa foi exclusiva de “política educacional” e, portanto, de
responsabilidade apenas do Ministério da Educação (MEC).
Membros da Defesa afirmam que, quando foram
procurados para ajudar na elaboração do decreto, a decisão já havia sido tomada
pela pasta comandada por Camilo Santana.
Nas tratativas, além de pedir para retirar a
assinatura do ministro José Múcio, a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa
pediu ao MEC que retirasse menções aos militares no texto do documento.
Com o movimento, o atual comando da Defesa
busca se afastar da decisão do governo e, assim, evitar abrir um novo flanco de
atrito na já sensível relação de Lula com os militares.
Atual comandante do Exército, o general
Tomás Paiva dá o tom da distância que os militares tentam manter da decisão de
acabar com o programa. Segundo ele, o assunto não passou pela Força.
“Acho que esse tema não passou por nós. Mas
entendo também que é uma decisão de governo. Na verdade, isso corresponde ao
MEC”, disse o general à coluna.
Fonte: Metropoles
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