O agricultor
Edvaldo de Jesus Silva, de 52 anos de idade, morador da Fazenda Riachão, zona
rural da cidade de Aracatu, na região sudoeste da Bahia, teve o seu nome
utilizado, sem a sua autorização, como sócio de uma empresa de edificações em
Salvador.
Ele fez a denúncia nesta sexta-feira (14).
“Sou agricultor e não empresário”, garantiu ele.
Segundo Edvaldo, a renda para sustentar a
sua família vem de seu trabalho como carroceiro e não conhece a capital baiana.
De acordo com Silva, ele recebe em média R$ 60 por dia pelo trabalho que
realiza no campo. O agricultor ainda recebeu diversos boletos com cobranças de
imposto de renda e ainda perdeu recursos do Garantia Safra.
Edvaldo tem recebido cartas com cobranças
trabalhistas de ex-funcionários da empresa e ainda terá que responder na
justiça por ter o seu CPF como sócio da mesma. O agricultor pede ajuda para não
perder o pouco que sua família conquistou. “Precisamos de um advogado com
urgência”, pediu.
O agricultor ainda informou que recebeu
cartas da Justiça do Trabalho com penhoras de bens. Edvaldo não sabe nem
assinar o seu nome, pois não é alfabetizado. A esposa dele, Ana Silva, que é
deficiente visual, relatou que chora com frequência tendo em vista a situação
vivenciada por seu marido.
“Ele é um homem exemplar, bom pai,
trabalhador e não merecia passar por isso”, afirmou. A família conseguiu
encerrar a empresa, mas os processos e as dívidas trabalhistas continuam. O
caso foi registrado na Delegacia Territorial de Aracatu.