Quase 7
milhões de brasileiros pediram o benefício nos entre junho de 2022 e junho de
2023
De acordo com
uma reportagem do G1, desde o primeiro trimestre do ano de 2021, o mercado de
trabalho brasileiro teve uma sequência de boas notícias. A taxa de desocupação
do país caiu de 14,9% naquele período para 8% neste segundo trimestre de 2023,
como mostrou na sexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No entanto, o indicador deixa escapar alguns alertas dentro
do mercado formal de trabalho, que já mostra um momento de desaceleração.
Segundo um levantamento realizado pela LCA Consultores, os pedidos de
seguro-desemprego entre junho de 2022 e junho de 2023 chegaram a quase 7
milhões, o maior desde o meio da pandemia de Covid e ultrapassando a média
observada entre 2018 e 2019.
O biênio foi
escolhido como modelo pelo economista Bruno Imaizumi, da LCA, porque reflete o
momento de acomodação do mercado após a crise de 2015 e 2016. O país oscilava
na casa dos 6,5 milhões de pedidos em 12 meses até a chegada da pandemia. Dali
em diante, houve um estouro para 7,2 milhões de pedidos, que foram estancados
com o programa de preservação de empregos, lançado pelo governo federal. Em
meados de 2021, porém, os pedidos voltaram a subir com o fim do período de
estabilidade dos funcionários que tiveram contratos suspensos ou redução de
salários.
Parece um
cenário mais improvável ao analisar outros números adjacentes do mercado de
trabalho. Nos últimos anos, junto da melhora da ocupação houve recordes de
informalidade, que passaram dos 40% em vários trimestres desde então. Falando
de forma mais específica sobre o mercado de trabalho formal, os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam para uma formação menor
de vagas formais no país.
A economia
brasileira gerou 157,19 mil empregos com carteira assinada em junho deste ano.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, 1,02 milhão de vagas formais foram
criadas no país nos seis primeiros meses deste ano. Este número representa um
recuo de 26,3% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram criados
1,38 milhão de empregos com carteira assinada.
Fonte: G1