Um professor universitário relatou, pelas
redes sociais, que foi vítima de racismo durante uma abordagem de policiais
militares com acusação de roubo durante a festa de São Pedro, na cidade de
Ipiaú, no sul da Bahia.
De acordo com o g1,
William Silva trabalha como coordenador do curso de nutrição da UNIFTC em
Itabuna, Jequié e Vitória da Conquista. O caso aconteceu na noite de
quinta-feira (29), depois que ele tentou ajudar uma mulher que teria sido
empurrada por um homem embriagado no camarote.
No relato, ele afirmou que se sente "a
pior pessoa do mundo".
"Hoje foi um
dia memorável, muito triste, me sinto a pior pessoa do mundo, fui
ridicularizado e injustiçado", relatou.
Ainda segundo o
professo, ele foi abordado com cassetetes e foi vítima de "preconceito
estrutural". William Silva foi levado à delegacia, ouvido e liberado.
"Na abordagem comecei falar que não era
bandido, ladrão, informei que era professor. Hoje os livros que estudei sobre
preconceito estrutural fizeram todo sentido!", desabafou nas redes sociais.
Em nota, a Polícia
Militar informou que foi acionada para verificar uma denúncia de furtos de
aparelhos celulares no camarote. O comunicado também diz que quando os agentes
se aproximaram do suspeito para esclarecer o fato, foram recebidos de maneir
agressiva e, durante a condução à delegacia, o professor agrediu um dos
militares com chutes.
Nas redes sociais, a
UNIFTC emitiu uma nota de repúdio à situação.
"Estamos
profudamente consternados com o tratamento injusto e humilhante que o professor
William Silva enfrentou. Repuadiamos veementemente qualquer forma de
discriminação, reafirmando que essas práticas são contrárias aos valores e
princípios que norteiam nossa Instituição", diz a nota.
O caso é investigado pela
Polícia Civil
Fonte: ibahia