MOTORISTAS DE UBER APLICAM GOLPE E COBRAM ALTOS VALORES POR VIAGEM SEM PASSAGEIROS

 


Motoristas da Uber têm usado uma funcionalidade do aplicativo para aplicar um golpe nos passageiros. Trata-se do "golpe do código de segurança".

Funciona assim: antes de chegar ao local de embarque, golpistas usam o chat do app para perguntar ao usuário o código de segurança da corrida. Se o passageiro informar o número, os motoristas conseguem acionar viagens longas por preços altos.


U-Código, conhecido como código de segurança ou de verificação, é uma das ferramentas da Uber para tornar as viagens mais seguras. A ferramenta pode ser ativada pelo próprio usuário nas configurações do aplicativo. Ao ativá-la, toda vez que o passageiro solicitar uma corrida, aparecerá em sua tela o código, com quatro dígitos, que deverá ser fornecido ao motorista para que a viagem seja iniciada. A ideia é que o código seja um meio de verificação para o passageiro e para o motorista de que estão na viagem certa.


À reportagem, a Uber confirmou que há casos de fraude envolvendo o código de segurança. Em nota, disse que "está comprometida em atualizar e fortalecer os seus processos internos para proteger a plataforma e os seus usuários".

A companhia afirmou que possui a ferramenta chamada U-Código, "que consiste em uma senha de quatro dígitos, criada pelo app para cada viagem e que deverá ser fornecida verbalmente pelo usuário ao motorista ao entrar no veículo, para que então ele consiga iniciar a viagem".

"Reforçamos em comunicações que, para que o código de verificação cumpra seu papel, é importante que a pessoa não compartilhe os quatro dígitos com o motorista antes que ele chegue ao ponto de embarque. Isto é, o código não deve ser compartilhado pelo chat ou pelo telefone em nenhuma hipótese, apenas pessoalmente, no momento em que há o encontro com o motorista", disse em nota.

No último mês, usuários relataram nas redes sociais terem passado pelo golpe ou escapado dele. As situações variam, mas a dinâmica é a mesma: antes de chegar ao local onde os passageiros estão, motoristas solicitam o código de segurança.

Uma das pessoas lesadas é a coordenadora de eventos Fernanda Gasparino, 30. Em entrevista à Folha, ela afirmou que, em 18 de junho, voltava do trabalho para casa às 23h30. Ela mora próximo de onde trabalha, em Santana, zona norte de São Paulo. Após pedir a corrida pela Uber, ela afirma que o golpe aconteceu.

Fonte: Bnews

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