JUÍZ DEFINE 14 RÉUS SUSPEITAS DE MANIPULAÇÃO EM PARTIDAS DE FUTEBOL

 


Uma semana após nova denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima, a Justiça tornou réus outros 14 investigados no esquema de apostas, que manipulou partidas do Campeonato Brasileiro e dos Estaduais. 


Ao todo, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, tornou réus sete jogadores e outros sete acusados no esquema. Dentre eles está Alef Manga, atacante do Coritiba, que disputa a primeira divisão neste ano.

Além de Manga, os outros seis jogadores que se tornaram réus são: Dadá Belmonte, Igor Cariús, Jesus Trindade, Pedrinho, Sidcley e Thonny Anderson. Destes, Cariús teve uma reviravolta em seu caso. O atleta do Sport chegou a ser julgado e absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas o juiz Pacheco entendeu que a nova denúncia apresentada pelo MP não é "mero desdobramento" da última fase da Operação e por isso o jogador se torna réu.

Alef Manga é o principal nome nessa nova lista de réus. O atacante chegou a ter seu nome citado em conversas anexadas no inquérito da segunda fase da Operação Penalidade Máxima, em maio. À época, o Coritiba chegou a afastar o atleta das atividades no clube, mas o reintegrou no mês seguinte. Ao Estadão, o clube afirma que não irá se manifestar após novas movimentações na Justiça nesta quinta-feira.

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontam que Alef Manga fez acordo com apostadores para receber R$ 50 mil em troca de levar um cartão amarelo na partida contra o América-MG, válida pela 25ª rodada do Brasileirão de 2022.

Além destes atletas, outros sete nomes, entre empresários, apostadores e aliciadores, serão julgados nas próximas semanas. Na lista estão Bruno Lopez, conhecido como BL e apontado como o chefe da organização criminosa, Cleber Vinicius Rocha Antunes, empresário conhecido como Clebinho Fera, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luis Felipe Rodrigues de Castro, conhecido como LF, Romário Hugo dos Santos, Thiago Chambó Andrade e Victor Yamasaki

Os 14 réus responderão pela suposta prática dos seguintes delitos, que constam na nova Lei Geral do Esporte (lei 14 597/2023):

Art. 198. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 199. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

A partir da decisão do juiz, as defesas terão o prazo de dez dias para analisar os autos do processo, responderem à acusação e produzir as provas. No ról das testemunhas, estão cinco atletas, que admitiram culpa na máfia das apostas: Bryan Garcia, Diego Porfírio, Sávio, Nino Paraíba e Vitor Mendes.

Fonte: Jornal correio

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