Um
planejamento de morte a um vereador foi confessado pela mulher do suspeito. O
caso aconteceu na cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Professora
Jaqueline, como é conhecida a vereadora Jaqueline de Carvalho Barreto (União
Brasil) denunciou o marido após descobrir que ele estava prestes a matar o
vereador Emerson Camargo (União Brasil), de quem ela é suplente.
A professora revelou que o assassinato seria para que ela
ocupasse o lugar da vítima na Câmara. A suplente gravou uma conversa onde o
marido confessava o desejo de seguir adiante com o plano.
Com isso,
ela decidiu procurar o vereador que seria morto e ambos prestaram a denúncia na
delegacia. No boletim de ocorrência, Rafael Barreto, marido da professora, arquitetou
todo o crime com um amigo policial militar e os dois contrataram um assassino
para que fizesse a ação.
A principal ideia do marido da suplente
é que, com a morte do vereador, ela recebesse um gabinete só para ela, além de
R$ 45 mil em verbas. Ainda com a morte, a esposa do policial também iria
receber um cargo no gabinete, como forma de premiação ao PM por ajudar a matar
o vereador.
Emerson
Camargo informou que Rafael Barreto já estava planejando o assassinato desde
2021, quando recebeu uma ligação de um policial militar aposentado informando
que uma pessoa estava tramando a morte naquele ano. Sem provas, o vereador não
prestou um boletim de ocorrência, mas passou a andar com seguranças.
O marido de
Jaqueline, procurado pela reportagem, negou as acusações e falou que a esposa
estaria tramando tudo isso porque desconfiava de uma traição.
“Acredito
que foi por uma briga extraconjugal, (o desentendimento) foi agora em março,
até chegar a esse ponto, dessa calúnia. Uma mulher magoada e ferida faz
qualquer coisa, isso eu entendo”, disse. Já sobre o vereador, Rafael diz que
nunca teve contato com ele.
“Se eu ameacei ele hoje, ontem, há um
ano, dois anos atrás, ele tem que ter um boletim de ocorrência, ele tem que ter
alguma coisa contra minha pessoa. Nunca falei com ele, nunca dirigi a palavra à
pessoa dele”.
Emerson
prestou dois boletins de ocorrência na Delegacia de Investigações Gerais (DIG)
de Praia Grande: Jaqueline denunciou como violência doméstica, e o suplente
como ameaça.
Fonte: G1